
O Governo do Estado prestou assistência a 4.552 animais silvestres entre janeiro e novembro de 2025. O total é 21,84% maior do que o número de atendimentos de 2024, que foi de 3.735 animais. O levantamento parcial leva em conta a fauna recebida nos escritórios do Instituto Água e Terra (IAT), que responderam por 3.296 dos serviços (72%), além de 1.256 socorridos em entidades conveniadas do órgão ambiental (27%), como Centros de Apoio à Fauna Silvestre (CAFS) e Centros de Triagem de Animais Silvestres (CETAS). A maior parte da fauna vitimada foi decorrente de apreensões (1.585), seguida de entregas voluntárias (1.419), resgates (1.330) e outras origens, como achados e doações de terceiros (219).
Em relação às unidades que mais se destacaram no recebimento da fauna, a sede do Instituto em Curitiba foi a campeã, com 971 atendimentos. Outras unidades do órgão que apresentaram números elevados foram os escritórios regionais em Maringá, no Noroeste, com 511 animais; Foz do Iguaçu, no Oeste, com 425; Umuarama, também no Noroeste, com 223; Jacarezinho, no Norte Pioneiro, com 179; e Campo Mourão, no Centro-Oeste, com 157.
Já levando em consideração as unidades conveniadas ao IAT, a que registrou mais atendimentos foi o CAFS do Centro Universitário Filadélfia (Unifl) em Londrina, no Norte do Estado, que cuidou de 713 animais no período. Em seguida, figuram o CETAS da Unicentro, em Guarapuava, na região central, com 483 atendimentos, e o CAFS do Parque das Aves, em Foz do Iguaçu, com 26 animais.
“A coexistência com esses animais exige a criação de um ambiente onde humanos e a vida selvagem possam viver lado a lado, por meio da educação ambiental e de estratégias de comunicação que engajem a sociedade a respeito do tema, além, claro, da adoção de práticas de manejo que minimizem conflitos humano-fauna”, afirma a bióloga da Diretoria do Patrimônio Natural do IAT, Nathalia Colombo.
COMO FUNCIONA– Segundo a Resolução Conjunta Sedest/IAT Nº 3 de 2022 , o Centro de Apoio à Fauna Silvestre é um local preparado para receber, identificar, marcar, triar, avaliar, e estabelecer tratamento veterinário para animais acolhidos por órgão ambiental em ações de fiscalização, resgates ou entrega voluntária por particulares.
A permanência dos animais depende do tempo necessário para sua recuperação. O destino pode ser a soltura no habitat natural ou, quando é um risco devolvê-los para a natureza, são encaminhados a criadouros habilitados pelo IAT, ou mantenedores individuais, igualmente habilitados pelo órgão ambiental.
Os atendimentos variam a cada caso, mas consistem na avaliação do animal e, se preciso, o tratamento de doenças, acompanhamento biológico, uso de medicações e curativos e procedimentos cirúrgicos – o que não é uma obrigação das CAFS, mas que podem ser realizados no local. Esse tipo de atenção ajuda a proteger a fauna silvestre e a prevenir o aumento de animais em risco de extinção.
AJUDE A FAUNA– Ao avistar algum animal silvestre ferido ou para denúncias de atividades ilegais contra animais, entre em contato por meio da Ouvidoria do Instituto Água e Terra (IAT) ou com o Batalhão de Polícia Ambiental Força-Verde, da Polícia Militar do Paraná.
Se preferir, ligue para o Disque Denúncia 181. Informe de forma objetiva e precisa a localização e o que aconteceu com o animal. Quanto mais detalhes sobre a ocorrência, melhor será a apuração dos fatos e mais rapidamente as equipes conseguem fazer o atendimento.


