A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) inicia 2026 com ações de fortalecimento na formação de professores. O projeto Formação de Professores para a Educação Especial e Inclusiva (Formeei), idealizado pelas professoras do Departamento de Educação, Nelba Teixeira Pisacco e Elenice Parise Foltran, oferta cursos livres sobre educação especial inclusiva na modalidade Educação a Distância. Os conteúdos estarão disponíveis a partir de janeiro na plataforma do Núcleo de Educação Aberta e a Distância (Nutead) e são vinculados a pesquisas desenvolvidas no Mestrado Profissional em Educação Inclusiva (Profei).

As professoras Nelba e Elenice são pesquisadoras na área de educação inclusiva. Segundo as docentes, as ações do Formeei buscam integrar ensino, pesquisa e extensão. O primeiro curso livre estará disponível em janeiro, com o tema “Sala de Recursos Multifuncionais – Altas Habilidades/Superdotação: potencializando talentos”, desenvolvido pelo pesquisador Régis Luciane Lovatto, sob a orientação da professora Nelba. “Os cursos possibilitam que o conhecimento científico produzido na pós-graduação chegue diretamente aos contextos educacionais, contribuindo para o aprimoramento das práticas pedagógicas e para a construção de uma educação mais inclusiva e socialmente comprometida, especialmente com aqueles que são público da educação especial”, enfatiza Nelba. Segundo ela, a proposta dos cursos reafirma o papel da UEPG como instituição pública voltada ao desenvolvimento regional e à transformação social.

Os cursos são destinados a educadores, coordenadores, profissionais da educação, familiares, estudantes de diferentes licenciaturas e qualquer pessoa interessada na temática, que poderão ter acesso a conteúdos sobre práticas pedagógicas inclusivas, críticas e socialmente comprometidas. Os conteúdos dos cursos livres são, na maioria, produtos de projetos de pesquisa submetidos e autorizados pelo Comitê de Ética em Pesquisa, desenvolvidos por mestrandos e orientados por professores do Profei. “Durante o Mestrado, o curso é disponibilizado à uma amostra de participantes que avaliam o curso, como forma de validação. Após aprovação e defesa do mestrado, [o curso] é disponibilizado para o público a que se destina”, acrescenta Nelba. Os cursos são elaborados com apresentação, plano de ensino, cronograma de estudo, atividades avaliativas e materiais obrigatórios e complementares, com carga horária entre 20 a 60 horas.

O planejamento é que mais cursos sejam disponibilizados a partir de 2026, com as temáticas: aspectos gerais para a consolidação da escola inclusiva; Altas Habilidades/Superdotação, relacionadas à identificação e suporte, destinado a professores da sala de ensino regular; gamificação em plataformas digitais como metodologia para inclusão escolar; e Transtorno de Déficit de Atenção (TDAH) na adolescência. A professora Nelba destaca que a implementação de cursos livres, concebidos no âmbito de pesquisas de mestrado, é uma estratégia potente de articulação entre ensino, pesquisa e extensão, especialmente no campo da formação de professores. “Esse tipo de proposta contribui para a democratização do acesso à formação continuada, especialmente quando direcionada a redes públicas de ensino e a territórios historicamente marcados por desigualdades educacionais. Ao aproximar universidade e escola, os cursos livres atuam como dispositivos de justiça social, favorecendo a construção de práticas pedagógicas mais inclusivas, equitativas e contextualizadas”, finaliza.

Os cursos estarão disponíveis na plataforma do Nutead, aqui .

Texto e fotos: Jéssica Natal