

Gabriela Assunção foi uma das primeiras a chegar na aula da última quarta-feira (10). O sonho da aluna é fazer Medicina, e a preparação para a prova está intensa. “Desde o começo do ano eu tenho estudado bastante e eu sinto que estou bem preparada pra isso”. Sempre foi o sonho de Gabriela estudar na UEPG. “Não só por ser a universidade local mais próxima de mim, pública, mas também porque a UEPG é renomada, uma das melhores do Brasil”. Com as aulas do Cursinho Popular, Gabriela acredita que chegará mais segura para a prova.
A aluna faz parte do grupo de 120 pessoas que participaram do Cursinho neste ano, com aulas de segunda a sexta-feira, nas matérias de Língua Portuguesa, Literatura e Redação, Língua Estrangeira, Biologia, Química, Matemática, História e Geografia. O principal objetivo é inserir pessoas oriundas do ensino público no ensino superior. É o que explica a professora Silvana Oliveira, coordenadora do Cursinho. “O nosso projeto tem o objetivo de divulgar a política de cotas, que é a política institucional da UEPG, e também trazer para dentro da Universidade alunos oriundos da educação pública gratuita”. O Cursinho tem 50% de cotas para pessoas negras e uma parte dessas cotas para pessoas em vulnerabilidade social, “que envolve não só pessoas negras, mas também pessoas trans, pessoas que têm algum tipo de restrição de mobilidade e pessoas com deficiência”. 
Com três turmas neste ano, o balanço do trabalho é positivo. “Fomos contemplados com o edital Universidade Sem Fronteiras, que garantiu a bolsa de profissionais egressos e também de bolsistas estudantes. E tivemos também o financiamento de uma encomenda governamental que financiou também uma parte dos nossos bolsistas. E no meio do ano nós tivemos um edital federal da Rede Nacional de Cursinhos Populares, do Governo Federal, que é um financiamento direto a cursinhos populares”. O projeto também faz parte do Programa de Extensão da Educação Superior na Pós-Graduação (Proext-PG), que irá analisar os dados do Cursinho em transformá-los em projetos de pesquisa.
Diversidade de alunos

Ícaro Conrado Kravutschke terminou o Ensino Médio há cinco anos e voltar a estudar tem se tornado uma rotina intensa. “Eu saio do trabalho e venho direto pra cá. Está sendo bem corrido, mas eu creio que vai valer a pena depois. Estou amando estudar”, conta. O aluno quer estudar Biologia na UEPG, por conta do amor que sempre teve pela natureza. “Pra estudar, eu pego as provas passadas e vejo as questões, especialmente das específicas, o que acaba cobrindo umas lacunas que a gente tem, né?”. Sobre a expectativa para a prova, Ícaro é confiante: “vai dar tudo certo, eu vou conseguir minha vaga”.
Texto e fotos: Jéssica Natal














