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Nova espécie de abelha é descoberta por professora da Unicentro

Descoberta foi no Parque Municipal das Araucárias, em Guarapuava. Nova espécie é produtora de uma substância impermeável semelhante ao celofane. P...

Neymar Bandeira
Por: Neymar Bandeira Fonte: Secom Paraná
17/07/2024 às 10h47
Nova espécie de abelha é descoberta por professora da Unicentro
Foto: Unicentro

Uma nova espécie de abelha foi descoberta pelo Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Estadual do Centro Oeste (Unicentro). A professora Maria Luisa Tunes Buschini descobriu a espécie no Parque Municipal das Araucárias, em Guarapuava. Após seis anos de pesquisa, a identificação representa um avanço na compreensão da fauna local.

Do gêneroMourecotelles, a abelha identificada é solitária, assim como 85% das espécies. A professora Buschini explica que estas abelhas são únicas na produção de uma substância impermeável semelhante ao celofane. “São chamadas de abelhas celofane pois são da subfamíliaColletinaee as únicas entre as abelhas na produção desta substância que reveste as células dos ninhos onde elas depositam pólen e néctar”, conta a professora Maria Luisa .

A captura foi realizada através de ninhos-armadilha. Após isso, foi realizado um processo de identificação da espécie com a ajuda de taxonomistas especialistas em abelhas, que a identificaram como uma nova espécie. “Para identificar esta abelha como sendo do gêneroMourecotelles, eles usaram chaves de identificação, e para descrever a espécie, analisaram a terminália dos machos, que são os segmentos posteriores do abdômen que formam a genitália”, relata a professora.

A descoberta não se limita apenas à identificação da espécie. “Nesta pesquisa também foram investigados os grãos de pólen presentes nos ninhos dessas abelhas, sendo encontrados pólens de nove famílias botânicas diferentes, mas a preferência maior foi por aqueles das famíliasFabaceae,que são leguminosas com ervilha, grão de bico, alfalfa, amendoim, ePolygalaceae, que são plantas herbáceas”, afirma a docente.

NOVAS PESQUISAS - Com a conclusão deste estudo, a professora já está planejando novas pesquisas no Parque das Araucárias, como investigar o efeito de borda do parque, que é uma alteração na estrutura, composição ou quantidade de espécies na parte marginal de um fragmento vegetal. “Em outra pesquisa que fizemos também neste parque, coletando abelhas em uma plantinha do gêneroSolanum, identificamos 31 espécies de abelhas nativas. Iniciaremos agora um estudo a respeito do efeito de borda do parque sobre as espécies de vespas, abelhas e seus inimigos naturais”, afirma Maria Luisa.

O objetivo destas novas pesquisas é compreender quais espécies estão mais adaptadas ao interior da mata e quais preferem a área de transição entre a mata e áreas alteradas. Com base nos resultados, a professora espera propor políticas públicas eficazes para a preservação e conservação destas espécies. “Diante dos resultados encontrados nesses novos estudos, pretendemos incentivar políticas públicas assertivas para a preservação e conservação destas espécies através de um manejo menos impactante deste importante fragmento que é o Parque Natural Municipal das Araucárias”, conclui a professora.

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