Depois dos xingamentos da primeira-dama, Janja, ao empresário Elon Musk, o governo Lula firmou parcerias com a SpaceSail, concorrente chinesa da Starlink, para operações no Brasil. O anúncio ocorreu durante a visita do presidente chinês, Xi Jinping, ao país para a Cúpula do G-20.

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O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, visitou a China em outubro com o objetivo de buscar alternativas às empresas de Elon Musk. Durante a viagem, se reuniu com representantes da SpaceSail, de Xangai, e da GalaxySpace, de Pequim, que manifestaram interesse no mercado brasileiro.

Segundo o ministério, a SpaceSail oferece internet de alta velocidade via satélites de órbita baixa, tecnologia semelhante à da Starlink. A visita também teve o objetivo de discutir cooperação em telefonia e satélites e de alinhar prioridades para a próxima reunião dos Brics.

China mais perto, Elon Musk distante

No ano passado, Lula e Xi assinaram mais de 20 acordos em áreas como agricultura, meio ambiente e ciência e tecnologia, durante encontro em Pequim. Em 2024, os dois países celebram 50 anos de relações diplomáticas, com a China sendo um dos principais parceiros comerciais do Brasil.

A relação entre Elon Musk e o governo Lula tem sido marcada por tensões. Em um evento da Organização das Nações Unidas (ONU), o presidente criticou indiretamente o dono da Starlink. "De repente, você tem um cidadão que se transformou no mais rico do mundo, que ousa desafiar as constituições dos países que não concordam com ele", disse o petista. "Aonde vamos parar? Aonde a democracia vai se sustentar?”

Essa declaração refere-se ao conflito entre Elon Musk e o Supremo Tribunal Federal (STF). Em agosto, Alexandre de Moraes, ministro do STF, ordenou a suspensão das atividades do Twitter/X no Brasil, no auge das tensões entre empresário e o governo brasileiro.

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